O som das palavras que da minha boca foge é como um soltar desesperado de correntes, de algemas, de mordaças, de celas que me oprimem. Calam. E que me despedaçam. Horas passam a dias, meses e as fotografias perdem a cor, as memórias carecem em detalhe, as músicas despem-se de magia. Tudo muda, ou nada. Sentir-me presente, completa a ausente e perdida em meros segundos. O som das palavras "eu amo-te" é tremulo, fraco mas determinado... sincero. Nada muda. Penso, mas... Sabe a amargo.